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sexta-feira, 20 de maio de 2011

TEMOS OUTROS WELLINGTONS POR AÍ?


Quem poderia imaginar que o menino sentado, assistindo às aulas, atento às explicações chocaria um país inteiro, ou porque não dizer o mundo?Não há como saber se poderíamos fazer alguma coisa para conter a fúria assassina de Wellington, o matador do Realengo, já que o mesmo estava respaldado com a argumentação da esquizofrenia.
Quando digo que ele estava respaldado, não quero dizer que a doença tornou-se uma desculpa para as atrocidades por ele cometidas, ou que ele era uma vítima também.Não, esse não é o ponto em questão. Para mim, o interessante é discutir as formas de não contribuirmos para que casos como esse aconteça. Não há como voltar no tempo e impedir tal massacre, essas mortes aconteceriam de qualquer forma, mudaríamos talvez alguns personagens, mas não poderíamos impedir o que aconteceu, visto que aquelas cenas assistidas jamais poderiam ser imaginadas, não naquela proporção. Não há como mudar o passado, no entanto muito podemos fazer pelo futuro.
Alguns questionaram a fragilidade do sistema de segurança das escolas, mas o que temos diante de nós é uma constatação: 12 crianças inocentes perderam a vida e deixaram como legado aos pais e amigos lembranças e saudade.Talvez o que nos resta é saber que outros Wellingtons podem estar entre nós. Situações como bullings, problemas mentais e falta de apoio familiar são questões ao nosso alcance. Será que deixamos nossos jovens soltos demais? Muitas vezes, percebo, nas escolas que os pais só aparecem para saber dos filhos no dia que descobrem o valor das recuperações; ou que relutam em admitir que seus filhos sofrem de alguma deficiência e preferem fingir que está tudo bem; ainda outros pensam que seus filhos são uma “flor de formosura”, incapazes de ter algum desvio de comportamento.
Portanto, falta a família um olhar crítico, um “não”, um corte de privilégios, um diálogo, um carinho.Falta ao aluno o respeito às diferenças, uma troca de palavras que humilham por um simples elogio, falta empatia.Falta ao mundo tolerância, gestos simples, palavras fáceis: ’ por favor ’, ‘obrigado’, ‘desculpe’. Falta amor ao próximo manifestado nas ações. Falta ao homem, ser bicho.

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