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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PAPEANDO SOBRE LIVROS

Bom, como as férias é um momento de relaxar, eu resolvi começar papaeando sobre o que tenho visto/ouvido ultimamente. Resolvi dar pra vocês um pouco do meu alimento intelectual.Isso não significa que darei dicas e nomes de livros/cds e filmes inteiramente intelectuais, na-na-não.Esse nunca foi o meu objetivo, quando comecei a escrever no blog.Meu objetivo era mostrar um pouco do que rola no mundo ao MEU redor, e isso significa que não estou nem um pouco preocupada em impressionar ninguém.Já passei da fase de sair com um Foucault debaixo do braço pra mostrar que era intelectual.Todo mundo tem sua fase metidinha e é claro que eu também tive a minha.Agora o que rola no meu mundo é o que tenho vontade.Claro que continuo lendo coisa pesada: d'Adesky, Hall, Bauman, Nietzsche, Ortiz, Baba, Saramago, Pessoa, só pra citar alguns gênios, mas curto também uma literatura leve e descompromissada, afinal foi assim que me tornei uma catadora/leitora compulsiva.
Desde muito novinha, o livro fazia parte da minha vida.Meu pai sempre leu muito e minha mãe era uma evangélica fervorosa, portanto ler era como comer ou respirar na minha casa.No início passei pelos famosos quadrinhos, os de Maurício de Sousa sempre foram os meus favoritos, depois passei a ler Carina, Bianca, Julia, nem sei se esses livros ainda existem.Eram livros de romance, bem água-com-açúcar, mas eu curtia ver aquele enredo "complexo" em que o casal se conhecia e o cara era sempre lindo, viril, forte, másculo, etc. e a mocinha gentil, impetuosa, sexy, com pernas longas e que no final acabava na cama.
Depois cansei e partir pra um romance mais complexo(para a época, gente, eu tinha só 15 anos), chegamos em Sidney Sheldon.Eu era fã do cara e lia todos os livros que ele lançava, não era só amor era também aventura e ação.Eram muito bons, sem dúvida posso destacar pelo menos dois: Se houver Amanhã e o O reverso da medalha. Fiquei pelo menos 20 anos sem ler nada de Sidney até que resolvi matar a saudade com o livro A senhora do Jogo.O livro prometia ser a continuidade da saga da protagonista Kate Blackwell, mas foi, na minha opinião, um grande desastre, achei o livro muito fraco e chato o enredo não foi surpreendente como os demais e o fim nada inusitado, sem mencionar que a obra ficou inacabada, o que, confesso, não me deixou nem um pouco curiosa pra ver a continuação.É verdade que eu sabia da morte de Sidney Sheldon, mas achei que o livro fosse algum texto dele que havia sido encontrado e editado, mas não foi, era um texto de uma autora, pra mim, desconhecida que planejava dar continuidade à obra.
Quem tava acostumado com os enredos de Sidney deve ter se decepcionado, pois  A senhora do jogo passou longe da expectativa que sentia quando um livro novo dele era lançado.

NOVIDADES NO BLOG

Já que as férias se aproximam, resolvi incluir no meu blog, além desse bate-papo semanal, alguns textos sobre filmes, livros e discos que tenham chamado a minha atenção.
Já havia advertido aos meus leitores que o blog seria eclético, então não há porque estranhar. Como terei um pouquinho mais de tempo, resolvi inserir um pouco da minha visão sobre o que tenho assistido/lido/ouvido durante as férias.Não esperem uma crítica profissional ou coisa parecida, vocês sabem que sou apenas uma curiosa e como tal, vivo metendo o bedelho em tudo que está acontecendo nesse mundão de meu Deus.
Caso também compartilhem dessa curiosidade saudável, enviem seus comentários sobre os textos comentados e enviem sugestões sobre o que vocês ouviram, leram ou assistiram, para que eu possa usufruir também.Ah!Não se incomodem com o fato de ter um estilo diferente do meu, porque o que está na moda é a diferença.
Já comecei mostrando para vocês os livros que li.Na primeira posição sempre estará o que estou lendo no momento, nesse caso a bola da vez é o livro de Isabel Allende, A ilha sob o mar.Estou curtindo muito e só poderei dar um parecer concreto, quando chegar ao final. Na próxima postagem vocês terão um pouco da minha opinião sobre o livro A senhora do Jogo, de Sidney Sheldon.É claro que vocês não estão surpresos com o livro que acabei de ler, porque se fui capaz de ler os quatro livros da série Crepúsculo, porque Sheldon não estaria na minha lista?
Não pretendo fazer uma análise literária completa do que estiver lendo, apenas falarei do resumo e da minha opinião. O mesmo critério adotarei sobre os filmes e sons.No entanto não deixarei de postar minhas crônicas. 

Um grande beijo
   
  

domingo, 12 de dezembro de 2010

A DIFÍCIL ARTE DE SER PROFESSOR

A partir de agora chegou a contagem regressiva para as férias escolares e junto com elas chega também o momento de aprovação e reprovação dos alunos.Bom, quando a gente fala sobre essa etapa, temos a impressão de que o pobre professor é o responsável direto pelo sucesso ou fracasso do aluno.Concordo que, em alguns casos, essa premissa é verdadeira, mas não quero entrar nessa linha de discussão, porque quanto a fatos não há argumentos, mas quero falar de outro tipo de situação, em que o professor é mais vítima do que culpado. 
Após a entrega dos resultados, os professores poderão ter o status de amados e adorados ou miseráveis, tiranos, injustos, dentre outros milhares de adjetivos nada agradáveis.
Aconteceu comigo alguns fatos inusitados ao encontrar alguns alunos, após a entrega dos resultados.  Alguns iam me cumprimentar, dizer obrigado, que ficarão com saudades, que estão satisfeitos com o que aprenderam ou simplesmente dar um beijinho de despedida passageira até o próximo ano. Ah! Esses são momentos únicos e preciosos para o professor, o que evidencia que o mesmo cumpriu o seu papel de maneira correta.No entanto, nem tudo são flores.
Dia seguinte ao fatídico resultado, recebi códigos secretos de desaprovação pela ida de alguns à recuperação. Pistas que a insatisfação era verídica, como : obrigada, ainda te amo, diga à sua mãe que esqueça tudo que fiz por ela(aluno se referindo a uma ajudinha dada num problema do computador), ela me reprovou, era só 1,5. Esses signos me fizeram imaginar como é díficil essa missão de avaliar os outros.
Parece que o professor foi culpado pelo aluno ter conversado durante as explicações do Modernismo, ou porque não concluiu a atividade de Redação, ou ainda por ter deixado de entregar as atividades, ou porque achou a aula chata e resolveu tirar uma sonequinha, ou porque arranjou um trabalho e teve que sair antes da aula acabar, ou ainda porque o professor não te deu nota máxima, quando seu trabalho foi insuficiente, ou, ou, ou, ou...
Êta vidinha difícil!Se o professor é zen budista, ele é um lerdo, se ele é educadinho, não tem pulso, se dá 10 pra todo mundo, não tem critério, é incompetente, não sabe avaliar, se é durão, é muito ignorante, se bronqueia sorrindo, é irônico e cruel, se dá o conteúdo na íntegra, é chato, perfeccionista, se não completa o conteúdo, é irresponsável.Mas depois de inúmeras conversas com especialistas e doutores, cheguei à receita ideal para um professor ser amado, e só porque tenho apreço pelos meus colegas de profissão, resolvi passar adiante:

O professor pra agradar tem que ter DPM(Distúrbio de personalidade múltipla- mudar conforme o gosto do aluno); ser vidente(adivinhar se o aluno tá de TPM, estressado, deprimido); psicólogo(compreendê-lo em momentos de crise);ser mãe boazinha (dar inúmeros prazos pra entrega de atividade); amigo parcial (dar um jeitinho nas notas); compreensivo (deixar de dar aula, quando o aluno quiser bater-papo); sempre feliz, atencioso, nunca falar alto, nunca chamar atenção, nunca dar notas baixas, mostrar-se sempre satisfeito quando o aluno aparece com um trabalho que seria de 10 páginas, mas só forem entregue 2; sempre compreensivo quanto a inabilidade do aluno de fazer apresentações orais que invariavelmente dão sono na sala inteira e por fim, se mesmo assim o aluno for reprovado, aprová-lo com louvor.   

O que importa nesse jogo é a aprovação. Alunos satisfeitos, porque podem comprovar e dizer alegremente aos pais e amigos que são inteligentes e conseguiram aprender tudo o que o professor ensinou, mesmo que nunca consigam ingressar numa universidade pública ou obtenham um bom emprego; pais satisfeitos, porque o investimento de um ano inteiro foi compensado, não importando que o aluno não tenha conseguido o mínimo de aproveitamento; escola satisfeita, porque os pais estão satisfeitos e a matrícula do aluno para o ano seguinte será efetivada, o que deixará o professor satisfeito, já que seu emprego estará garantido e por fim teremos o governo satisfeito, porque o índice de aprovação aumentará e os futuros cidadãos não serão cidadãos conscientes e críticos, o que inviabilizaria  a continuidade da corrupção, da falta de ética  e da solução de boa parte dos nossos problemas. Enfim, eis o sistema escolar que não faz diferente do que já estamos acostumados, se integra a um sistema maior, que produz um círculo vicioso que nunca chegará ao fim, porque a esfera mais importante desse processo também se perdeu , se contaminou.     

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A CATADORA DE LIVROS

Conversando com uma amiga, me veio a vontade de falar sobre esse assunto.Ela dizia que na infância, catava lixo nas ruas da Barra para encontrar comida. Nenhuma pizza ficava perdida, dava uma lavadinha pra tirar as cinzas de cigarro, levava pra casa, dava uma esquentada e lá estava uma boa refeição do dia. É verdade, eu também era uma catadora de lixos, mas com uma diferença, era uma catadora de conhecimento, catava livros.
Desde pequena, meu pai me orientou sobre o valor que um livro tem.Cresci com essa ideia de que sem me tornar uma boa leitora, seria impossível me tornar uma mulher inteligente.Lembrem que no texto sobre A difícil perda da virgindade falei sobre o meu pai, que sempre quando eu tinha dúvidas sobre sexo, ele me mandava ler Henry Miller. Pois é, eu sou descendente de um catador de livros.Lembro bem do primeiro texto que meu pai trouxe da rua, do lixo, diga-se de passagem, era um almanaque que falava tudo sobre cachorros,tipo de raça, alimentação ideal, etc. Ele ficou tão empolgado com o livro, e nós também, que mandou encadernar e tudo. E como o Determinismo, de Taine é cruel, não fugi à regra, passei a catar todo tipo de livro que achava na rua.

Meu primeiro clássico foi um livro de Fernando Sabino, O Gato Sou Eu. O coitadinho(do livro) estava um fiasco, todo sujinho de mofo, mas o título me chamou à atenção.Na verdade, o chamariz foi uma foto velha e linda de uma prima minha,  mas quando vi o livro ali, embrenhado entre as fotos velhas, não resisti, peguei meio envergonhada, mas levei o livro pra casa. Foi uma decisão acertada, porque o livro era uma série de crônicas escritas por ninguém menos que Fernando Sabino, autor que me apaixonei e não parei mais de ler.

Mais tarde, fiz uma nova aquisição.Vindo da Faculdade de Letras, na UFBA, em Ondina, seguindo em direção à Orla, deparei-me com um montinho de livros e revistas em frente à porta de uma grande casa.Não tinha como ficar indiferente à obra o Pagador de Promessas, de Dias Gomes. Olhei para os lados e como não havia ninguém olhando, peguei-o, exatamente como um ladrão faria ao avistar algo de valor na rua.Como já era adulta, tive o cuidado de olhar para os lados, porque não sei como as pessoas reagiriam ao ver uma garota catando livros na rua e jogando na mochila. Foi ali, diante do livro de Dias Gomes, que percebi que jamais veria um lixo com indiferença.

É claro que à medida que comecei a trabalhar e ganhar o meu dinheirinho, comprei os meus próprios livros, inicialmente nos sebos(porque todo mundo sabe que estudante tá sempre duro), depois já com um emprego, fiquei sócia do Círculo do Livro, comprando um livro a cada dois meses e agora já trabalhadora, com um pouquinho mais de grana, tornei-me compradora regular do site da Siciliano. Contudo não pensem que me libertei desse vício não, continuei catando livros compulsivamente. Resgatei dos lixos  o  Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdã, Sagarana, de Guimarães Rosa  e muitos outros que não consigo lembrar.

Então eu fico pensando o seguinte, a que nível chegou o interesse dos brasileiros em relação aos seus livros. Pelo visto nenhum. É interessante notar que os livros encontrados, na sua maioria, não foram em bairros periféricos, tão associados ao descaso com a leitura, mas sim nos chamados bairros nobres, como Barra e Ondina.Eu não consigo desfazer-me dos livros que tenho, se há duplicidade, dou de presente. Outro dia, havia emprestado alguns à uma amiga e fiquei doidinha por saber que a mãe dela queria vendê-los.Fui correndo ao encontro dos meus amados e confesso meu receio em emprestá-la algum novamente, nunca se sabe quando o lado comercial da mãe dela voltará a atacar. Bom, quando você visualizar um lixinho por ai, dê uma olhadinha, quem sabe não só encontre um clássico perdido, mas também como diria Drummond, a chave perdida do conhecimento.             

domingo, 21 de novembro de 2010

POR QUE CARECA, BAIXINHO E NOVINHO NÃO PODE?

Pois é, lá vem eu com a história do padrão de novo.Constatei como somos preconceituosos e como os jovens estão no topo dessa lista.Idade ideal, altura, porte físico e um rosto atraente são atributos indispensáveis para o garoto que quer arranjar uma namorada.   
Em uma conversa, uma aluna compartilhou comigo que admirava um aluno da escola, mas o glamour do meu aluno bom partido foi quebrado por um fato inusitado: ele tinha apenas 14 anos.E então ela e mais outras meninas do grupo diziam " mas 14 anos, ah! 14 anos" e lá tinha ido a chance do menino, e olha que ela era só 1 ano a mais do que ele, mesmo assim o interesse havia ido pelo ralo.Então percebi como não há fim para o nosso preconceito.
É claro que eu também, quando era jovem(não faz tanto tempo assim rsrsrs), só queria namorar com os mais gatos.No primário, lembro bem que o meu sonho de consumo era um aluno chamado Enoque: lindo, moreno, alto e o mais inteligente da turma; o problema é que a fila era imensa e convenhamos que eu, além de não ter coragem de namorar naquela idade(devia ter uns 9 anos), não era nenhuma Rainha do Milho, o que reduzia em muito as minhas chances de fisgar o morenão. 
Já na adolescência, o visual melhorou muito, acho que não para a Rainha do Milho, mas já dava pra tentar um título de princesinha. Assumi minhas madeixas encaracoladas, passei a escolher meu guarda-roupa, achei meu estilo e passei a fazer um certo sucesso com os meninos, esse sucesso por sinal, demorou muito para ser percebido por mim, já que sempre fui considerada o Patinho Feio da casa.Morena, alta, desengonçada e de cabelos enroladinhos X uma irmã branca, com curvas devidamente definidas e longos cabelos na altura do quadril.Por tudo isso, perceber que eu estava no páreo levou longos anos, até ser surpreendida por um bilhetinho carinhoso do filho do meu chefe. Descoberto meu potencial sedutor, seguiram-se outros pretendentes, que me deixaram muito exigente com a turma masculina. Meu lema era " é feio, tô fora!só gosto de gatinho", fiquei metida mesmo!
Terminando a fase adolescente, deparei-me com o improvável, fiquei fissurada por um garoto bem mais novo(recuso terminantemente a dizer a idade dele) e com um "defeito" a mais: baixinho.Novinho e baixinho - atributos sine qua non para por fim a qualquer possibilidade de iniciar um romance.Mas não é que gamei no gatinho?Ninguém havia me dado um beijo como aquele e depois do primeiro beijo, viajava quase todo fim de semana pra conseguir o segundo, o terceiro, o quarto...Tava entusiasmada. Ele era carinhoso, fiel e estava apaixonado. 
Quando contei às meninas, a reação delas foi uma só: "ah Simone, novinho e ainda por cima baixinho?Dois pecados imperdoáveis.Eu não liguei na época, pois estava muito empolgada com o beijo do menino e ainda não ligo, porque depois dos 30 vem tanta coisa fora do padrão: gordinhos, carecas, malhadões e nada inteligentes, matutos, grosseirões e por aí vai.A lista é interminável!Não significa que peguei todos da lista, mas que se tivesse solteirona, não exitaria em usar o argumento de um chefe meu, "o que importa é o coração, Simone".Vai dizer isso a uma jovem que está no ápice da sua vida?Com tudo no lugar?Sem uma barriguinha incômoda?Chamando a atenção de todo mundo?
Eu vou dizer: '' O que importa é o coração, gente." E não precisa chegar aos trinta anos, solteirona pra se descobrir isso. Essa história de padrão é papo-furado, cafona mesmo!E daí se ele é gordinho?Você não precisa de atleta, só de um namorado; e daí se ele é careca, você não é uma cabeleireira procurando clientes, você quer uma companhia. E se for baixinho? Tudo bem, usa um banquinho, namora sentado.E se for novinho, o que que tem? O que importa é a cabeça, idade tá no cérebro e não no papel.Quantas pessoas são adultas e fazem burrada como adolescentes irresponsáveis.Os casamentos não são felizes porque o cara é um deus grego e sim porque ele sabe lidar com os problemas, é tolerante, trabalhador, inteligente e acima de tudo tem amor pela mulher que ele escolheu.
Tudo bem que eu não vou negar que um namorado gato faz bem pro ego, mas pode ter certeza que faz muito mal pro juízo.Quando você tem um namorado perfeito (entenda, ninguém é perfeito), você vai ter mais dor de cabeça ( nos dois sentidos).As meninas vão ficar azarando seu gato, te irritando, flertando com ele, pondo sua paciência à prova.Não é tão fácil quanto parece ter um namorado ideal, aliás, namorado ideal é aquele que te respeita, confia em você, te coloca pra frente, é fiel, é carinhoso, atencioso e verdadeiramente a fim de um compromisso.Então, da próxima vez que você se deparar com um careca, baixinho ou novinho, pergunte-se: Por que não?        

E ESSE MALDITO PADRÃO!

Olha, eu confesso que nunca me preocupei com essa história de ser gordinha.Na verdade, eu, até o nascimento da minha primeira filha, estava em forma.Tinha 60k e 1,70 de altura.Tava no padrão.Lá vem ela de novo, a maldita palavra "assusta mulheres" - padrão.Eu gostaria mesmo de saber quem foi o maldito que inventou isso.

Olha que ironia!Quando eu tinha 18 anos, até tomava uns remedinhos pra engordar um pouquinho, mas agora , a coisa tá feia, nem reza braba me tira essa gordurinha insistente.Eu queria mesmo é ter vivido no século XVI, quando o padrão ideal era o das gordinhas, eu ia fazer um tremendo sucesso, eu só não, muita gente iria atrás dessa fama.E como um pouco de informação nunca faz mal a ninguém, fique sabendo que as mulheres gordas evidenciavam riqueza, boa alimentação e , é claro, muito açúcar, produto raro na época; já a magreza representava feiúra, fome e empobrecimento, portanto as gordinhas estavam em alta no mercado.Bons tempos!Então, lá para o século XIX, tudo mudou, inclusive o famoso padrão.As mulheres magras passaram a ser valorizadas por conta das mocinhas dos romances românticos e aí a coisa foi tomando corpo, melhor dizendo, perdendo.Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, a ideia de mãe e geradora cai em detrimento do espaço profissional, portanto uma mulher de seios fartos e ancas largas não combinavam em nada com a mulher ágil e masculina.

Eu agora sou uma verdadeira mulher, eu me sinto na plenitude, por que, afinal de contas, o que mais destacaria uma alma feminina do que discutir relação, chorar na TPM e fazer regimes absurdos? Toda mulher que se preza tem uma receitinha para emagrecer.A última que me mandaram fazer foi beber suco puro de limão, começando no 1º dia com 1 e ir aumentando gradativamente até o 10º dia, ou seja no 2º dia 2, no 3º dia 3 e por aí vai até chegar ao 10º, uma vez cumprido esse martírio, você agora vai decrescendo: no 9º dia 9 limões, no 8º 8, até chegar ao marco 0. Se você não tiver antes uma gastrite ou  irritações do estômago, você emagrece.Que loucura, né?Mas confesse que não ficou tentada a fazê-la?Então você está quase alcançando o verdadeiro status feminino.A minha loucura ainda foi maior, paguei um curso para emagrecer da internet dividido em três meses, na primeira semana foi um sucesso, emagreci 2k, em compensação na terceira semana já tinha engordado o dobro e agora espero ansiosa o fim dessa dívida(que Robson-meu querido marido- não saiba).

É claro que a gente tem que ficar atenta ao peso, gordura pode ser sinônimo de doença, por isso é importante se cuidar, mas sem neuroses.A velha receita da atividade física com dieta é a melhor opção para se emagrecer com saúde.Ficar tomando esses remédios loucos, vomitando depois das refeições, privar-se de comer o que gosta não é uma boa, já que emagrecer, como tudo na vida, tem que ser feito com alegria, com prazer.Ninguém deve ficar se martirizando, porque não é uma Gisele ou coisa parecida.Só Deus sabe quantos tratamentos de beleza essas mulheres fizeram e quanto o fotoshop foi usado, para aparecer aquele resultado fenomenal.Gordinhos amem-se, porque se você não se amar primeiro, ninguém vai te dar valor.Se todo mundo fosse igual, o mundo seria péssimo e mais uma coisa muito importante - homem adora mulher gordinha sim e se disserem o contrário, não acredite, é intriga da oposição, ah! e mais uma coisa, já ia esquecendo, o mundo gira, isso significa que esse padrão vai mudar e não vai demorar.   

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SEXO NA ADOLESCÊNCIA - PARTE 1

Depois de alguns pedidos, resolvi falar um pouco de sexualidade na adolescência. É claro que não sou uma analista pra falar sobre esse assunto e muito menos estou aqui pra dar lição de moral pra ninguém. Vim mesmo pra conversar numa boa, sem levantar as bandeiras que sempre vemos quando se fala sobre sexualidade, para os pais, os filhos ESTÃO PROIBIDOS; para os filhos, tudo DEVE SER LIBERADO.

Após alguns debates na escola que dou aula, fiquei pensando se estou muito fora de moda ou meus alunos, quase filhos, estão adiantados demais. Cada vez que sento com eles e começamos a fofocar, percebo que não há vergonha nenhuma em falar da sua sexualidade, bem diferente da minha época, quando minha mãe sempre respondia que ainda não era a hora de ficar sabendo, ao passo que meu pai me mandava ler Henry Miller, dizendo que tudo que eu quisesse saber esse autor me falaria. Eu até queria ler o tal livro, mas quando via as mais de 600 páginas, meu interesse murchava rapidinho.Eu queria mesmo eram respostas práticas, mas ninguém lá em casa tava disposto a se colocar nessa posição de jogo da verdade.E eu pensava, o assunto deve ser brabo mesmo, tanto esconderijo...e mais curiosa eu ficava.  

Voltando aos alunos, notei que eles além de opinarem sobre o assunto, ainda posicionavam-se claramente sobre temas-tabus como homossexualismo, aborto e adoção gay. A maioria (pra alegria dos pais) pensava de uma maneira tradicional, exceto quando se falava sobre sexo antes do casamento, aí era unanimidade, todos favoráveis.Às vezes me surpreendia (confesso que me assustava) com um ou outro CDF, diga-se de passagem, quando discursava sobre o direito da liberdade sexual, inclusive quando se discutia a polêmica bissexualidade, não só achavam normal, como levantavam a bandeira ardorosamente, e eu, na minha santa inocência, achando que aborto é que era polêmica!

Daí eu pensei, será que os pais sabem que seu bebê pensa dessa maneira? Será que em algum momento o pai ou mãe perguntou diretamente ao filho o que ele acha sobre casamento entre gays ou adoção gay ou ainda sobre aborto?Ou acham que seus filhos são pequeninos demais pra falar sobre isso?Alguns pais chegam a me dizer que seus filhos nem pensam nisso, filhos com 12,14 anos. É cedo demais? Bom, na última festa adolescente que fui, eu vi meninas de 11 e 12 anos aos beijos, trocando de ficante a cada balada do DJ. Por outro lado, na última escola que lecionei, a diretora apreendeu um texto meu, por se tratar de sexualidade entre jovens. Essa é a saída? Fingir que nossos filhos não pensam, não querem, não fazem sexo?

A mídia bombardeia os jovens com todo tipo de informação que, em muitas delas, fogem da realidade, são ilusórias, enganosas, escapistas.Não seria melhor a gente tentar conhecer melhor nossos filhos, mas não é conhecer já nos posicionando não, porque ai a gente assusta o gado(como diria meu pai), é estando genuinamente interessado no que eles pensam, porque aí sim, nós vamos ter respostas sinceras. Eu noto, na escola, que eles querem falar sobre isso, eles gostam de falar sobre isso e tem muitas dúvidas, não é melhor a gente responder do que deixar um desinformado qualquer fazer esse papel?Muitos pais ficam preocupados demais em atender as necessidades financeiras do seu filho que esquecem do lazer, do bate-papo na hora do almoço, da ida ao shopping com eles. Será que no caminho não rola um papinho?Será o silêncio a melhor forma de lidar com isso?Será que os nossos medos e a nossa própria incompetência tá atrapalhando? 

Bem, eu tenho mais perguntas do que respostas, já que as respostas estão na cabeça de cada pai e mãe. Só você deve (ou deveria) saber o que seu filho realmente acha do mundo que ele vive. É claro que eles vão nos assustar um pouquinho com suas respostas e às vezes não é realmente o que gostaríamos de ouvir, mas não seria mais proveitoso ouvir (mesmo que não seja o que esperamos) do que fingir que nosso filho concorda com nossas opiniões, opiniões essas que talvez eles achem ultrapassadas? Eu acho que a verdade, mesmo que doa e assuste, é sempre a melhor opção.    

domingo, 24 de outubro de 2010

O MATADOR DE GATOS

Eu sei que vocês estão surpresos e curiosos pra saber o porquê desse título. Bom, vou fazer mais um pouquinho de mistério e enquanto isso vamos divagar um pouquinho sobre a difícil relação entre os homens e os animais.
Sabemos que a relação entre ambos é histórica, ou melhor pré-histórica, iniciamos como predadores e terminamos como babás. Existem pessoas que tratam os animais como humanos, um destaque especial aos cachorrinhos. Há salão de beleza dog, spar dog, até hotel dog. Os bichinhos tem mais mordomias do que nós, pobres humanos. Há quem abomine tal prática, argumentando  que o número de crianças abandonadas pela rua é desconsiderado pelas mamães de cachorro e lá se vão as campanhas à  Eduardo Dusek "troque o seu cachorro por uma criança pobre". Eu prometo não tomar partido de nenhuma das questões, já que dentro do limite, ambas atitudes estão corretas. Os extremos são terríveis, criar um cão como se fosse uma pessoa, parece-me mais uma frustação que só pode ser resolvida por Freud, no entanto dar aos mesmos um tratamento digno, dentro das proporções, é ser humano. Os animais merecem ser respeitados, tem sentimentos e precisam  da atenção dos seus donos.

Duas situações me chamaram a atenção, a fim de que eu me propusesse a comentar esse assunto. O primeiro e mais antigo foi o de uma amiga minha que comprou um lindo poodle, numa loja de cães, mas que preferiu desistir do mesmo, quando adquiriu um belíssimo sofá (sabemos que sofás e poodles novinhos não combinam), entregando-o a uma família que resolveu adotá-lo. 
Passeando de carro novo pela Ribeira, minha amiga viu um cachorrinho preso numa corda, embaixo de uma sol escaldante, chorando, todo sujinho, muito parecido com o que ela havia entregue à família. Ao chamar o cachorrinho pelo nome e ele a atender, ela percebeu que era o mesmo e resolveu resgatar o cão.Semanas depois, possivelmente já arrependida da boa ação, ela resolveu deixá-lo numa rua deserta, à noite, longe de casa, apesar dos uivos desesperados e comoventes do cachorrinho.

A segunda situação ainda foi mais trágica, a que deu origem ao meu título incomum. Conversando com uma amiga sobre a minha incapacidade de ter um animal em casa, já que tenho um pentelhinho que toma todo o meu tempo, ela relatou-me que o filho da sua vizinha matava gatos. Acredite, um matador de gatos mirim! A criança ficava, embaixo de um pé de manga, à espreita, esperando um gatinho desavisado aparecer e PUM! uma paulada na cabeça sem dó, nem piedade e , caso houvesse resistência, mais uma paulada. Agora acredite, a criança tinha apenas 5 aninhos.

Algumas questões me intrigam nessa discussão: primeiro, o que faz uma pessoa comprar um cão e depois descartá-lo como se fosse um pedaço de papel sem valor? E o que faz uma criança de 5 anos ter como diversão matar gatos pelas ruas? E não menos importante, e mais filosófica, onde estão os pais desse bebê, enquanto o seu filho está às 23h,  na rua, matando gatos?

Bom, temos aí dois exemplos de como jamais deveríamos agir. Será possível avaliar esses comportamentos numa escala de valor? qual seria mais desumano? dar tratamento de 5 estrelas aos cães ou tratá-los com crueldade? Com certeza, o bom senso deve prevalecer em todas nossas ações, pra que casos como esses não se repitam.      

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MULHERES SENSÍVEIS x HOMENS DURÕES

Nossa, que loucura é ser humano!Como é difícil entender as pessoas, e quando se trata dos homens da nossa vida, aí é que a coisa fica feia.
Todo mundo sabe que as mulheres são definidas como dóceis, bobinhas, amáveis, carinhosas e todo aquele blá-blá-blá que foi dito pela literatura masculina, com o passar do tempo.É verdade que muita coisa mudou e que nós já podemos ser duronas se for conveniente, bobinhas nem tanto, amáveis e carinhosas quase sempre, mas o duro mesmo é quando encontramos um gato que é "osso duro de roer"! Aí a coisa fica complicada!
Quem nunca se perguntou: O que eu tô fazendo com esse cara?Cara mais chato!Essa é uma pergunta de retórica.Perguntamos por perguntar.E se alguém se atreve a nos dar a resposta, ficamos furiosas. Ele é um grosso, um Sherek, um homem das cavernas, ou pra galera da década de 80 - o Capitão CAVEEERNA!!!mas só nós podemos dizer isso, ficamos ressentidas de ouvir o perfil do nosso amado falado por uma amiga, mãe, professora, colega, melhor amigo do gato,etc, etc, etc.
Todas nós, no entanto,  ficamos muito chateadas quando percebemos que o nosso grosseirão amado, às vezes, passa das medidas. Vocês irão concordar comigo - mulheres à beira de um ataque de nervos- que quanto mais sensíveis nós somos, mas nos deparamos com namoridos estressados. Quem nunca, depois de um encontro maravilhoso, foi receber seu amor e levou uma bela ducha fria, um olhar de indiferença, por um motivo bobo qualquer?

Alguns argumentos mais clássicos dos durões, de acordo com o nível de aproximação:
FICANTE QUERENDO SER NAMORADO - Você deixou de sair comigo pra ir ao cinema com suas amigas?Deve ser porque elas são mais importantes do que eu. - PUNIÇÃO - celular desligado por uma semana, em ocupado e um "estou atrasado" sempre que encontrá-lo na rua.
NAMORADO: Você NÃO vai ao Shopping com suas amigas sem mim, fazer o quê lá? ou Por que você tem que usar esse vestido? - PUNIÇÃO - Cara feia, silêncio e um olhar de mostro do lago Ness.
MARIDO - Procura uma camisa específica(ele tem mais de 50) e não encontra, questiona que você é desorganizada. (Você ouve isso tudo, no momento em que você está limpando a casa, acabou de lavar as roupas, passar as roupas, percebe que não dará tempo de ir ao cabeleireiro (fator altamente estressante), atraso no pagamento do seu salário, criança chorando pela casa, insistindo que você ache um cd que você não consegue encontrar, etc, etc, etc.) PUNIÇÃO - "gelo total" e uma saída de carro para ver amigos, como se vocês estivessem ido ao enterro da gata da sua vizinha.

Apesar de todo esse terremoto, que é viver com um homem imprevisível e mal- humorado, essa relação tem o seu charme, senão qual o motivo para continuarmos com eles? Os nossos amados neanderthais sabem, quando querem, ser surpreendentemente carinhosos como ninguém, chorões, preocupados, responsáveis e acima de tudo, ótimos amantes. Se vale o conselho, caso você tenha um belo exemplar desse na sua vida, não esquente, dê um tempo pra ele, deixe-o falando, não conteste. No outro dia, quando ele tiver calminho, calminho, você vai lá e diz tudo que achou do babado do dia anterior, aí sim ele vai te ouvir, pois quando estão em Dia de Fúria, eles querem é extravasar, nem estão te ouvindo, portanto segure seu nervoso e depois de um belo "papo-cabeça" curta seu amor, pois  com certeza depois de uma briga, tudo fica azul.       

terça-feira, 19 de outubro de 2010

AOS FÃS DO CREPÚSCULO

Oi gente!

Tá bom! Eu sei que corro o risco de vocês nunca mais acessarem meu blog, vão achar que é mal gosto meu, mas não deu pra resistir, prefiro fazer essa elocubração do fenômeno chamado Crepúsculo a ter de me calar.
Quem me conhece sabe que não seria "coisa do outro mundo"( me perdoem os trocadilhos) começar postando sobre um tema tão adolescente quanto esse. Iria de acordo com uma das muitas análises feitas pelos amigos e alunos sobre minha pessoa, a última foi de um ex-aluno chamado Ruan, "você tem a Síndrome de Peter Pan", é claro que não é tão grave assim, mas atire a primeira pedra quem em algum momento não agiu ou pensou como uma criança? Quem não se pegou pensando no primeiro beijo ou primeiro amor?Bom, deixemos esse breve momento de nostalgia, pra analisar o Crepúsculo.
Claro que não estou aqui pra fazer análise literária, mas pra pontuar algumas coisas que considero interessante num livro que arrebatou a atenção de milhares ou porque não dizer milhões de jovens no mundo todo. Alguma coisa de especial esse livro tem, então resolvi fazer a leitura dos quatro livros da série, para não ficar fazendo juízo precipitado.
Dois aspectos me chamaram a atenção. O primeiro é o fato de que o livro não tem cenas de sexo, o livro é um romance moderno, nos moldes do Romantismo do século XIX, em nenhum momento há referência à sexualidade. O livro consegue prender a atenção sem ao menos descrever em minúncias cenas de sexo, o que o mercado vê como algo indispensável aos sucessos de bilheteria e aos best-selers. Fica claro então que não é preciso ter pornografia ou até mesmo uma cena de amor mais picante pra que as pessoas, em especial os jovens, queiram ler ou assistir aos filmes. Basta ter novidade e ser uma trama bem elaborada, bem escrita.
Outro aspecto tem a ver com o romance propriamente dito e com uma opinião muito pessoal. Lendo Eclipse eu me apaixonei por Jacob, que gato, que homem! Os fãs de Edward que me perdoem, mas Jake(olha como tô íntima) é tudo!Eu sei que Edward tem seu glamour, já que faz o perfil do homem responsável, confiável, protetor, generoso, lindo e paternal - o homem perfeito pra casar. Já Jacob... quem é a mulher no mundo que não gostaria de ter a junção do Ricardão com o maridão? Pois Jacob é isso: sedutor, impetuoso, galanteador, intenso, gato, protetor, romântico, disposto a casar, confiável... Bom, vocês já perceberam o grau da minha empolgação, né?
Não é de admirar que Bella se divida entre os dois. Mesmo relutante em admitir, o Jacob Blake mexe com a garota. O mais interessante(e assustador) é que um é vampiro e o outro é um lobsomen.Quem se atreve a escolher?Eu já tenho o meu preferido.
E pra você preconceituoso, que só lê Neruda, Saramago ou Machado de Assis(sei que eles são maravilhosos), desce um pouco do altar e vai ler A Saga Crepúsculo.Garanto que você vai gostar!
Beijos

CHEGUEI!

Oi gente!

Finalmente, depois de tanta vontade, começo a escrever no meu blog. Além das novidades que já disponibilizo pra vocês no Conexão Cerv, agora vocês terão mais uma fonte de informação.Não só do que eu considero importante que tenha acontecido no meu ambiente de trabalho, mas também a minha visão de mundo, por isso o nome do blog é simonetudo, pois escreverei um pouco sobre as minhas impressões sobre o meu mundo.
Esse blog será um pouco da minha alma, do que penso, do que quero, do que acredito, enfim um meio de postar pra vocês minha opinião pessoal sobre a vida. Será, de fato, uma espécie de diário, espero poder escrever um pouquinho todo dia. E espero que vocês contribuam, quando estiverem lendo, mandando suas impressões, pois é uma forma de ter um termômetro imediato.
Um grande abraço