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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PAPEANDO SOBRE LIVROS

Bom, como as férias é um momento de relaxar, eu resolvi começar papaeando sobre o que tenho visto/ouvido ultimamente. Resolvi dar pra vocês um pouco do meu alimento intelectual.Isso não significa que darei dicas e nomes de livros/cds e filmes inteiramente intelectuais, na-na-não.Esse nunca foi o meu objetivo, quando comecei a escrever no blog.Meu objetivo era mostrar um pouco do que rola no mundo ao MEU redor, e isso significa que não estou nem um pouco preocupada em impressionar ninguém.Já passei da fase de sair com um Foucault debaixo do braço pra mostrar que era intelectual.Todo mundo tem sua fase metidinha e é claro que eu também tive a minha.Agora o que rola no meu mundo é o que tenho vontade.Claro que continuo lendo coisa pesada: d'Adesky, Hall, Bauman, Nietzsche, Ortiz, Baba, Saramago, Pessoa, só pra citar alguns gênios, mas curto também uma literatura leve e descompromissada, afinal foi assim que me tornei uma catadora/leitora compulsiva.
Desde muito novinha, o livro fazia parte da minha vida.Meu pai sempre leu muito e minha mãe era uma evangélica fervorosa, portanto ler era como comer ou respirar na minha casa.No início passei pelos famosos quadrinhos, os de Maurício de Sousa sempre foram os meus favoritos, depois passei a ler Carina, Bianca, Julia, nem sei se esses livros ainda existem.Eram livros de romance, bem água-com-açúcar, mas eu curtia ver aquele enredo "complexo" em que o casal se conhecia e o cara era sempre lindo, viril, forte, másculo, etc. e a mocinha gentil, impetuosa, sexy, com pernas longas e que no final acabava na cama.
Depois cansei e partir pra um romance mais complexo(para a época, gente, eu tinha só 15 anos), chegamos em Sidney Sheldon.Eu era fã do cara e lia todos os livros que ele lançava, não era só amor era também aventura e ação.Eram muito bons, sem dúvida posso destacar pelo menos dois: Se houver Amanhã e o O reverso da medalha. Fiquei pelo menos 20 anos sem ler nada de Sidney até que resolvi matar a saudade com o livro A senhora do Jogo.O livro prometia ser a continuidade da saga da protagonista Kate Blackwell, mas foi, na minha opinião, um grande desastre, achei o livro muito fraco e chato o enredo não foi surpreendente como os demais e o fim nada inusitado, sem mencionar que a obra ficou inacabada, o que, confesso, não me deixou nem um pouco curiosa pra ver a continuação.É verdade que eu sabia da morte de Sidney Sheldon, mas achei que o livro fosse algum texto dele que havia sido encontrado e editado, mas não foi, era um texto de uma autora, pra mim, desconhecida que planejava dar continuidade à obra.
Quem tava acostumado com os enredos de Sidney deve ter se decepcionado, pois  A senhora do jogo passou longe da expectativa que sentia quando um livro novo dele era lançado.

NOVIDADES NO BLOG

Já que as férias se aproximam, resolvi incluir no meu blog, além desse bate-papo semanal, alguns textos sobre filmes, livros e discos que tenham chamado a minha atenção.
Já havia advertido aos meus leitores que o blog seria eclético, então não há porque estranhar. Como terei um pouquinho mais de tempo, resolvi inserir um pouco da minha visão sobre o que tenho assistido/lido/ouvido durante as férias.Não esperem uma crítica profissional ou coisa parecida, vocês sabem que sou apenas uma curiosa e como tal, vivo metendo o bedelho em tudo que está acontecendo nesse mundão de meu Deus.
Caso também compartilhem dessa curiosidade saudável, enviem seus comentários sobre os textos comentados e enviem sugestões sobre o que vocês ouviram, leram ou assistiram, para que eu possa usufruir também.Ah!Não se incomodem com o fato de ter um estilo diferente do meu, porque o que está na moda é a diferença.
Já comecei mostrando para vocês os livros que li.Na primeira posição sempre estará o que estou lendo no momento, nesse caso a bola da vez é o livro de Isabel Allende, A ilha sob o mar.Estou curtindo muito e só poderei dar um parecer concreto, quando chegar ao final. Na próxima postagem vocês terão um pouco da minha opinião sobre o livro A senhora do Jogo, de Sidney Sheldon.É claro que vocês não estão surpresos com o livro que acabei de ler, porque se fui capaz de ler os quatro livros da série Crepúsculo, porque Sheldon não estaria na minha lista?
Não pretendo fazer uma análise literária completa do que estiver lendo, apenas falarei do resumo e da minha opinião. O mesmo critério adotarei sobre os filmes e sons.No entanto não deixarei de postar minhas crônicas. 

Um grande beijo
   
  

domingo, 12 de dezembro de 2010

A DIFÍCIL ARTE DE SER PROFESSOR

A partir de agora chegou a contagem regressiva para as férias escolares e junto com elas chega também o momento de aprovação e reprovação dos alunos.Bom, quando a gente fala sobre essa etapa, temos a impressão de que o pobre professor é o responsável direto pelo sucesso ou fracasso do aluno.Concordo que, em alguns casos, essa premissa é verdadeira, mas não quero entrar nessa linha de discussão, porque quanto a fatos não há argumentos, mas quero falar de outro tipo de situação, em que o professor é mais vítima do que culpado. 
Após a entrega dos resultados, os professores poderão ter o status de amados e adorados ou miseráveis, tiranos, injustos, dentre outros milhares de adjetivos nada agradáveis.
Aconteceu comigo alguns fatos inusitados ao encontrar alguns alunos, após a entrega dos resultados.  Alguns iam me cumprimentar, dizer obrigado, que ficarão com saudades, que estão satisfeitos com o que aprenderam ou simplesmente dar um beijinho de despedida passageira até o próximo ano. Ah! Esses são momentos únicos e preciosos para o professor, o que evidencia que o mesmo cumpriu o seu papel de maneira correta.No entanto, nem tudo são flores.
Dia seguinte ao fatídico resultado, recebi códigos secretos de desaprovação pela ida de alguns à recuperação. Pistas que a insatisfação era verídica, como : obrigada, ainda te amo, diga à sua mãe que esqueça tudo que fiz por ela(aluno se referindo a uma ajudinha dada num problema do computador), ela me reprovou, era só 1,5. Esses signos me fizeram imaginar como é díficil essa missão de avaliar os outros.
Parece que o professor foi culpado pelo aluno ter conversado durante as explicações do Modernismo, ou porque não concluiu a atividade de Redação, ou ainda por ter deixado de entregar as atividades, ou porque achou a aula chata e resolveu tirar uma sonequinha, ou porque arranjou um trabalho e teve que sair antes da aula acabar, ou ainda porque o professor não te deu nota máxima, quando seu trabalho foi insuficiente, ou, ou, ou, ou...
Êta vidinha difícil!Se o professor é zen budista, ele é um lerdo, se ele é educadinho, não tem pulso, se dá 10 pra todo mundo, não tem critério, é incompetente, não sabe avaliar, se é durão, é muito ignorante, se bronqueia sorrindo, é irônico e cruel, se dá o conteúdo na íntegra, é chato, perfeccionista, se não completa o conteúdo, é irresponsável.Mas depois de inúmeras conversas com especialistas e doutores, cheguei à receita ideal para um professor ser amado, e só porque tenho apreço pelos meus colegas de profissão, resolvi passar adiante:

O professor pra agradar tem que ter DPM(Distúrbio de personalidade múltipla- mudar conforme o gosto do aluno); ser vidente(adivinhar se o aluno tá de TPM, estressado, deprimido); psicólogo(compreendê-lo em momentos de crise);ser mãe boazinha (dar inúmeros prazos pra entrega de atividade); amigo parcial (dar um jeitinho nas notas); compreensivo (deixar de dar aula, quando o aluno quiser bater-papo); sempre feliz, atencioso, nunca falar alto, nunca chamar atenção, nunca dar notas baixas, mostrar-se sempre satisfeito quando o aluno aparece com um trabalho que seria de 10 páginas, mas só forem entregue 2; sempre compreensivo quanto a inabilidade do aluno de fazer apresentações orais que invariavelmente dão sono na sala inteira e por fim, se mesmo assim o aluno for reprovado, aprová-lo com louvor.   

O que importa nesse jogo é a aprovação. Alunos satisfeitos, porque podem comprovar e dizer alegremente aos pais e amigos que são inteligentes e conseguiram aprender tudo o que o professor ensinou, mesmo que nunca consigam ingressar numa universidade pública ou obtenham um bom emprego; pais satisfeitos, porque o investimento de um ano inteiro foi compensado, não importando que o aluno não tenha conseguido o mínimo de aproveitamento; escola satisfeita, porque os pais estão satisfeitos e a matrícula do aluno para o ano seguinte será efetivada, o que deixará o professor satisfeito, já que seu emprego estará garantido e por fim teremos o governo satisfeito, porque o índice de aprovação aumentará e os futuros cidadãos não serão cidadãos conscientes e críticos, o que inviabilizaria  a continuidade da corrupção, da falta de ética  e da solução de boa parte dos nossos problemas. Enfim, eis o sistema escolar que não faz diferente do que já estamos acostumados, se integra a um sistema maior, que produz um círculo vicioso que nunca chegará ao fim, porque a esfera mais importante desse processo também se perdeu , se contaminou.